Fonte: INPE
 

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O Farol dos Bandeirantes

Texto: Lana Sassaki. Fotos (exceto as creditadas): Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


Encoberto por uma densa névoa, o Pico do Itacolomi impõe um ar místico ao cenário histórico de Ouro Preto e Mariana. Em tupi guarani, o nome quer dizer "a pedra e o menino" (ITA - CORUMI). Para os índios, o pico era visto como o "filhote" da montanha. É fácil perceber isso: uma pedra imensa, com outra menor ao seu lado.

Clique para ampliar - proibida cópiaAs quatro horas de caminhada proporcionam um contato direto com a natureza  

Muito antes da chegada dos primeiros exploradores, por trás das metáforas e crenças indígenas, o Itacolomi parecia aguardar a hora de se tornar o marco mais importante do alvorecer do ciclo do ouro. Após o seu descobrimento nunca mais a história de Minas Gerais e do Brasil seria a mesma.

 

Há dúvidas sobre quem descobriu a primeira pepita do precioso metal. A região onde se localiza o parque foi palco de várias expedições, como as de Bartolomeu Bueno da Siqueira e Antônio Rodrigues Arzão. Provavelmente a primeira bandeira a realmente encontrar ouro foi a de Duarte Lopes, no final do séc. XVII. Acredita-se que um integrante de sua expedição tenha achado escuras pedras nas margens do vale do rio Tripuí (água veloz, em tupi). Levadas para o Rio de Janeiro descobriu-se ser ouro do mais puro quilate, coberto por uma fina camada de óxido de ferro. Daí sua aparência escura.


Marco do eldorado na região, o pico serviu como referência geográfica às várias bandeiras que partiram em busca das minas de ouro negro. Graças à sublime visão proporcionada pelo Pico do Itacolomi, o bandeirante Antônio Dias de Oliveira conseguiu localizar o idílico vale do Tripuí, em 1698. Lá estava ela, a Pedra e o Menino, o Ita-corumi. Nascia Vila Rica, a cidade que não teve infância... Nascia Mariana, a primeira capital... Nascia Minas Gerais... E o Itacolomi testemunhou tudo.


O Parque Estadual, que revela alguns segredos sobre o eldorado e muitas histórias de Minas Gerais, hoje é uma rica fonte de estudos e pesquisas. Expedições do ouro há muito tempo deram lugar às expedições de pesquisas, como a dos naturalistas bávaros Spix e von Martius (1818). Além de importante ponto turístico, atrai a curiosidade de especialistas de todo o mundo. A impressão que o turista tem, quando atinge o pico nas primeiras horas do dia, é que derrepente a densa névoa vai se dissipar, trazendo de volta a velha Vila Rica e seus personagens históricos.

  Clique para ampliar - proibida cópiaLago da capela

Clique para ampliar - proibida cópiaChegar ao topo é também um convite ao deleite e ao descanso. Pico do Itacolomi visto de perto (à direita)

Clique para ampliar - proibida cópiaSubida ao pico   Clique para ampliar - proibida cópiaUma bela panorâmica das montanhas de Minas   Clique para ampliar - proibida cópiaSeis quilômetros até o pico.
 
 

Circuito do Ouro



















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