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Apresentação | A Corrida do Ouro | Séculos XIX e XX | Localize Minas 


 

Inconfidência Mineira


Texto e fotografia (exceto as creditadas): Marcelo JB Resende
Reprodução proibida


O esgotamento das minas, a partir de 1750, fez recrudescer a ação da Coroa sobre a província. A metrópole não seguia critérios definidos, ora cobrava o quinto, ora cobravafintas (imposto representado por uma quota comum), ora usando o sistema de capitação (cobrança anual de 17 gramas de ouro para cada minerador). Era comum na época tentar driblar o fisco. Ficou famosa a figura do "Santo do Pau Oco", onde as pessoas escondiam ouro, pedras e outros metais e minerais valiosos.

 

No ano de 1720 uma rebelião contra a criação das "Casas de Fundição é duramente reprimida. Felipe dos Santos, seu líder, é morto para servir de exemplo a outros insubordinados. Foi um efeito perverso. A violência de sua morte foi a semente de um sonho acalentado com mais fervor a partir daquele momento: o da liberdade.

 

A escassez fez com que os mineiros se dedicassem a outras atividades. Pequenas fundições de metais e a tecelagem se desenvolveram. A Coroa reage energicamente e em 1785 baixa decreto proibindo a instalação e extinguindo as manufaturas existentes. Um promissor crescimento industrial é interrompido. A população teve que optar pela agricultura e pela pecuária



 

No que se acreditava ser o "apagar das luzes" do século XVIII, uma chama brilhou intensamente, inscrevendo Minas no cenário político do Brasil. A Coroa pretendia instituir a Derrama em 1789, uma forma de cobrar de todos os trabalhadores uma quota de ouro que garantisse os seus ganhos, independente de quanto isto iria pesar no bolso de todos. Esta foi a gota d'água para que um grupo de homens se levantasse contra os governadores fanfarrões e os desmandos da Metrópole. Queriam liberdade, conhecimento, igualdade. Queriam a independência do Brasil e criação da República, influenciados pelo pensamento filosófico da Europa e pela recente Revolução Francesa (acontecida naquele mesmo ano). Na época, os defensores do domínio português preferiram difamar o movimento, dando-lhe nomes como Inconfidência, Conjuração, Traição.

A bandeira da nova nação teria um triângulo vermelho representando a Santíssima Trindade, tendo a frase latina "Libertas quae sera tamem" (Liberdade ainda que tardia) a sua volta. Esta bandeira representa hoje o Estado de Minas Gerais. O movimento foi delatado por um traidor, Joaquim Silvério dos Reis, que devia à Coroa e obteve o perdão da dívida.

A maior parte de seus integrantes do movimento foi condenada ao exílio. Somente o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi condenado à forca, sendo executado no Rio de Janeiro em 1792. Seu corpo foi esquartejado e as partes expostas em vários cantos de Minas. A cabeça decepada foi fixada num poste em plena Vila Rica, no local onde hoje existe um monumento em homenagem ao mártir. Tiradentes profetizou que em dez, vinte ou cem anos não haveria como evitar o ideal de liberdade. Ele estava certo: o Brasil se tornaria independente em 7 de setembro de 1822. E Minas foi decisiva para que isso acontecesse.


   


















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